SÍMBOLOS ECOLÓGICOS DO RIO GRANDE DO SUL

 

 

AVE

 

A lei nº. 7.418 de 1º de dezembro de 1980, instituiu como ave-símbolo do Rio Grande do Sul o QUERO-QUERO. É encontrada nas campinas úmidas da América do Sul (Argentina, Uruguai e quase todo o Brasil). É de porte elegante e de colorido geral cinzento claro, com ornatos pretos na cabeça, no peito, nas asas e na cauda; o ventre é branco, como também as coberturas maiores das asas, enquanto as menores apresentam um tom verde metálico. De cor vermelha são o bico e as pernas. Caracteriza-se por umas penas compridas na parte posterior da cabeça. É e ave astuta, valente e briguenta. Sua voz tem um timbre metálico e seus gritos incessantes deram origem ao nome. É bom guardião

 

ÁRVORE

 

A lei nº. 7.439, de 08 de dezembro de 1980, institui a ERVA-MATE, como árvore símbolo do Rio Grande do Sul. A Erva-Mate é um arbusto ou árvore de 6 a 8 metros de altura. Trata-se de uma planta de clima temperado quente, originário da América do Sul, e que aparece em estado nativo no Paraguai oriental e no Brasil meridional.

 

FLOR

 

Por intermédio do Decreto nº. 38.400, de 16 de abril de 1998, instituiu-se como Florsímbolo do Estado do Rio Grande do Sul, a espécie “Brinco-de-princesa”, ocorre nas regiões mais altas, no Noroeste do Estado. Em sua grande maioria, essa flor é cultivada como planta ornamental e é híbrida. Caracterizam-se por serem arbustos de folhas ovais ou lanceoladas (forma de lança), algo denteada (de bordos com entalhes perpendiculares a linha do comprimento), opostas, caules flexíveis, que lignificam ao passar do tempo. As flores são axilares isoladas, mas abundantes: cálice tubular dividido em quatro sépalas e corola com quatro pétalas de cores vermelho-arroxeado, envolvendo a corola roxo-violeta Destacam-se por se adaptar a climas frios e a tolerar geadas.

 

 

ANIMAL

 

O cavalo é o animal-símbolo do Rio Grande do Sul, por decreto do Governo do Estado sancionado em 2002. Rústico, resistente e versátil é sinônimo de companheirismo e devoção, alimentados por séculos de interdependência. Sempre fiel, foi o guerreiro dos índios, garantiu a sobrevivência, auxiliando na busca do alimento e servindo como arma tamanha força e valentia em guerras e batalhas travadas pela História. E foi esta coragem e habilidade que concretizou o sonho de liberdade, independência e mantém registrada a imagem do herói Sepé   Tiaraju empunhando uma lança, montado em seu cavalo Crioulo. Hoje, mesmo com o avanço tecnológico, o cavalo ainda não pode ser substituído por máquinas nas lidas de campo.

 

 

 

Lenda João de Barro

João de Barro

Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou:

– Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
– As provas do meu amor! – respondeu o jovem.

O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:

– O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.

Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.

Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:
– Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.

O velho respondeu:

– Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

E esperou até até a última hora do novo dia. Então ordenou:

– Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se
transformava num corpo de pássaro!
E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.

A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constroem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.

Doce de Ambrosia

A Ambrosia é uma sobremesa tradicional portuguesa. É também o mais antigo doce de Minas Gerais e igualmente muito popular no Rio Grande do Sul. O doce também é conhecido com Manjar dos Deuses e é basicamente feito com leite, ovos e açúcar.

Ingredientes

1 lata de leite condensado
1/2 litro de leite
4 unidade(s) de ovo
Quanto baste de canela-da-china em pó para polvilhar

Modo de preparo

Em uma panela de fundo largo, dilua o leite condensado no leite e leve para ferver.
Enquanto isso, bata as clara em neve e acrescente as gemas uma a uma.
Acrescente ao leite e deixe cozinhar.
Quando você perceber que a parte de baixo está firme, corte em pedaços com a ajuda de uma escumadeira e vire para que cozinhe dos dois lados.
Desligue o fogo e coloque numa compoteira com tampa, decorando com canela em pó.

Churrasco

A origem do prato é desconhecida, porém, muitos atribuem aos países dos pampas do Sul da América Latina: Argentina, Uruguai e Brasil (mais especificamente, no próprio Rio Grande do Sul). Foi nestes locais que os chamados gaúchos tornaram o prato conhecido e típico.

Juntamos dicas especialistas no assado e separamos 12 segredos que podem tornar você o Churrasqueiro de Ouro. Os truques vão desde a escolha da carne, passando pelo tempero e os cuidados na churrasqueira. Confira:
1 Não é recomendado utilizar álcool líquido para acender o carvão, pois ele produz uma chama brusca e temporária. Observe também a quantidade de carvão utilizada, em demasia. O ideal é colocar todo o conteúdo do saco em um canto da churrasqueira, deixando apenas uma pequena parte sob o espeto ou grelha. Vá trazendo, aos poucos, mais carvão ao centro quando necessário
2 Na hora de salgar, não faça uma cama de sal grosso: isso fará com que a carne se desidrate e perca seu sabor.
3 Compre as carnes em um açougue de confiança. Uma picanha, por exemplo, dificilmente possui mais de 1,1 kg. Se a peça vendida é mais pesada do que isso, provavelmente traz uma parte de coxão duro.
4 Não exagere no sal. Se puder, use sal grosso em pedras maiores para pedaços grandes e sal grosso em pedacinhos menores para peças menores. Você pode moê-lo no liquidificador, por exemplo. Dica: em um prato, coloque um punhado de sal e acomode a carne, jogando mais um punhado de sal sobre ela. Deixe-a próxima ao calor da brasa por uns quatro minutos. Antes de grelhá-la ou assá-la, elimine o excesso com as mãos.
5 O mais recomendado é usar uma churrasqueira de alvenaria, com lados, fundo e parte inferior fechados, o que ajuda a armazenar o calor e produzir um churrasco de qualidade.
6 Grelhar ou assar? Se ficar a 15 cm da brasa, a carne será selada ou grelhada. Essa é altura ideal para peças menores. Para assar, use as alturas de 40 cm para pedaços médios e 60 cm, para grandes.
7 Os convidados chegaram? Comece assando a costela suína, acomodando-a a 40 cm da brasa e no fundo da grelha, onde o calor é mais intenso. Essa também a hora de assar as linguiças (na mesma altura mencionada). Atenção: nunca fure-as com um garfo, pois elas perderão líquido e, consequentemente, ficarão secas, sem suculência.
8 Vire as carnes apenas uma vez. Espere que o sangue comece a aparecer em maior quantidade na parte superior e, então, inverta o lado com a ajuda de um pegador. Evite furar a peça.
9 Coloque-os com a parte do contrafilé, a menos macia, voltada para o fundo.
10 Gosta de filé mignon? Ele é bom, sim, para churrascos, mas precisa de um cuidado diferenciado. Essa carne, mais sensível, precisa de um calor forte. Coloque a mão a 15 cm da brasa e tente contar até quatro. Essa é a intensidade recomendada para esse corte (para todos os outros tipos de carne, o ideal é fazer o mesmo procedimento, mas a contagem deve ser até cinco).
11 Não tente fazer um corte alto bem passado. Prefira cortes finos.
12 Churrasqueira não é lixo! Nunca jogue resto de comida, palito de dente ou bituca de cigarro junto ao carvão.

Carreteiro de Charque

Ingredientes

180g de charque
100g de cebola pera
15g de banha de porco
45g de arroz agulhinha tipo 1
1 dente de alho roxo
Salsa fresca a gosto
Cebolinha verde fresca a gosto

Modo de Preparo

Corte o charque em cubos médios e lave-os. Coloque-os na panela com água suficiente para cobrir a carne.
Leve ao fogo. Antes de ferver, escorra, torne a colocar a mesma quantidade de água e leve novamente ao fogo.
Caso o charque ainda esteja muito salgado, repita o processo, porém reserve a água da última dessalga e guarde-a para fazer o carreteiro.
Esquente a gordura e refogue a carne até dourar. Em seguida acrescente o alho e a cebola, cortados em cubos pequenos, mexa até dourar.
Coloque o arroz e parte do caldo da fervura do charque.
Cozinhe até o arroz ficar macio e a água secar.
Polvilhe com a salsa e cebolinha picadas.

 

Bandeira do Rio Grande do Sul

Bandeira
A Bandeira compõe-se de três panos: verde (acima), vermelho (no centro) e amarelo (em baixo) em tonalidades normais. Possui uma elipse vertical em pano branco, onde está inserido o brasão. Num lenço, ao centro do brasão, se lê a inscrição “República Rio-Grandense” e sob o brasão, o lema “Liberdade, Igualdade, Humanidade”.
A Bandeira foi oficialmente adotada pelo decreto estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966, sendo governador, Ildo Meneghetti. Deve-se sua concepção ao farroupilha Bernardo Pires, em trabalho conjunto com José Mariano de Mattos.

Brasão
No lenço, ao centro do brasão, se lê a inscrição “República Rio-Grandense” e sob o brasão, o lema “Liberdade, Igualdade, Humanidade”.
As cores da bandeira se devem à bandeira do Brasil e a faixa vermelha que atravessa a bandeira na diagonal significa todo o sangue gaúcho derramado tanto na Revolução que ocorreu entre a República do Rio Grande e o Império do Brasil, quanto as demais guerras e disputas que ocorreram na região.

Hino do Rio Grande do Sul

A 30 de Abril de 1838, os farroupilhas obtiveram uma de suas maiores vitórias em todo o decênio revolucionário: a conquista da vila legalista de Rio Pardo. Em meio à euforia do triunfo, eles se deram conta de que havia sido aprisionada a banda militar do 2º Batalhão Imperial de Caçadores e seu respectivo maestro, Joaquim José Mendanha. Então lhe deram o encargo de compor a musica do Hino da República Rio-Grandense. Os historiadores afirmam ter acontecido a primeira execução em 5 de Maio de 1838.
Oficializado pela Lei 5.213, de 5.1.1966

Hino do Rio Grande do Sul 

Letra: Francisco Pinto da Fontoura (mais conhecido pela alcunha de Chiquinho da Vovó)
Música: Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
Harmonização: Antônio Corte Real

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.

 

Curiosidades sobre o Chimarrão

O Chimarrão é um legado do índio Guarani.
Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul.

O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI.

Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em – mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.

O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto.

O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea.

Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba.

A CUIA NOVA
Quando a cuia é nova, é necessário curti-la antes de começar a matear. Para tal, é necessário enchê-la de erva-mate pura ou ainda misturada com cinza vegetal e água quente, que deve permanecer de dois a três dias, mantendo a umidade, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. O uso da cinza é para dar maior resistência ao porongo. Após o tempo determinado, retira-se a erva da cuia e, com uma colher, raspa-se bem o porongo, para retirar alguns baraços que tenham ficado.

VOCABULÁRIO
Caá-y = bebida do mate = chimarrão
Tacuapi= bomba primitiva, feita de taquara pelos índios guaranis.

O MATE E A SUA INTIMIDADE
O ato de preparar um mate diz-se: “cevar um mate” ou “fechar um mate”, ou “fazer um mate” ou ainda ”enfrenar um mate”. A palavra amargo é muito usada em lugar de mate ou chimarrão. O convite para tomar um mate é feito das seguintes formas:

Vamos matear?
Vamos gervear?
Vamos chimarrear?
Vamos verdear?
Vamos amarguear?
Vamos apertar um mate?
Vamos tomar um chimarrão?
Vamos tomar mate ou um mate
Que tal um mate?

A COMPANHIA
O MATE PODE SER TOMADO DE TRÊS MANEIRAS:
MATE SOLITO : quando não precisa de estímulo maior para matear, a não ser a sua própria vontade. É o verdadeiro mateador.
MATE DE PARCERIA: quando se espera por um ou mais companheiros para matear a fim de motivar o mate, pois não gosta de matear sozinho.
RODA DE MATE: é na roda de mate, que esta tradição assume seu apogeu, agrupando pessoas sem distinção de raça, credo, cor ou posse material. Irmanados num clima de respeito, o mate integra gerações numa trança de usos e costumes, que floresce na intimidade gaúcha.

CHIMARRÃO É RICO EM POESIA
Antigamente, Quando os namoros eram de longe, através de troca de olhares, os apaixonados utilizavam o mate como meio de comunicação e, de acordo com o que era posto na cuia, a mensagem era recebida e interpretada. Ao longo de sua história, o chimarrão é utilizado como veículo sutil de comunicação com objetivos sentimentais.

Atualmente, os costumes mudaram, mas o hábito do chimarrão permanece cada vez mais forte, caracterizando o povo gaúcho.

SIGNIFICADO DOS MATES
Mate com açúcar: quero a tua amizade
Mate com açúcar queimado: és simpático
Mate com canela: só penso em ti
Mate com casca de laranja: vem buscar-me
Mate com mel: quero casar contigo
Mate frio: desprezo-te
Mate lavado: vai tomar mate em outra casa
Mate enchido pelo bico da bomba: vás embora
Mate muito amargo (redomão): chegaste tarde, já tenho outro amor
Mate com sal: não apareças mais aqui
Mate muito longo: a erva está acabando
Mate curto: pode prosear a vontade
Mate servido com a mão esquerda: você não é bem vindo
Mate doce: simpatia

 

Fonte: http://www.karismafm.com.br/curiosidades-sobre-o-chimarrao/